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Um ano depois, frieza do Fla escancara falta de humanidade

Clube sempre pensou que resolver a tragédia do Ninho do Urubu era tratar pendências burocráticas. E sempre foi cuidar das pessoas

Torcedores espalharam camisas com os nomes das vitórias em pontos estratégicos do Rio de Janeiro
Torcedores espalharam camisas com os nomes das vitórias em pontos estratégicos do Rio de Janeiro

Por Vitor Sérgio Rodrigues

A tragédia do Ninho do Urubu completa um ano neste sábado. Há 365 dias o Flamengo devolveu 10 meninos a seus familiares em um caixão lacrado, após o incêndio em seu centro de treinamento. É o fato objetivo. É responsabilidade do Flamengo, independentemente de culpa ou dolo. Um evento devastadoramente triste por si só, mas que fica ainda mais lamentável ao vermos a postura do Flamengo desde então.

Tudo que ocorreu desde que o Flamengo negou a sugestão do Ministério Público de pagar 2 milhões de reais como indenização, dias após a tragédia, deixam claro que o clube entendeu e entende que esse é um caso jurídico comum, que é conduzido pelos advogados envolvidos, em que vale a pena barganhar alguns mil reais. Não é. Nunca foi. De lá para cá, foram várias posturas em que o juridiquês suplantou a empatia, o bom senso e a humanidade.

Abrindo um parênteses no tempo, imaginem como tudo seria diferente se o Flamengo tivesse aceitado essa recomendação do MP. Imagino que tivesse fechado com mais famílias do que as atuais. E, principalmente, teria a seu favor um discurso importante: “eu concordei com o que o MP acha razoável. Só não fechei com todas porque as famílias não aceitaram o que o MP propôs.”. Repararam como a imagem do clube seria outra?

Há alguns dias, o Flamengo fez uma pseudo-entrevista para finalmente falar sobre o caso (além de tudo, o clube sempre se comunicou muito mal sobre a tragédia neste um ano). Na “autoentrevista” estavam o presidente, o vice-presidente jurídico e o CEO do clube. Não havia nenhum assistente social, nenhuma pessoa liga a recursos humanos, ninguém orientado a cuidar de humanizar a tragédia. Diz muito de como o clube pensa tudo o que aconteceu.

Todas as vezes que os familiares envolvidos na tragédia falam sobre o relacionamento com o Flamengo, reclamam da falta de carinho, respeito, atenção e bom senso no trato com eles, independentemente do dinheiro, de já ter pago ou não a indenização. Porque está claro que o Flamengo entende que resolver a questão é acertar todas a burocracia. Também é. Mas resolver tudo sempre foi cuidar das pessoas. Nisso a postura do Flamengo, via seus dirigentes, sempre foi lamentável.

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