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Menos do mesmo: Binacional 2 x 1 São Paulo

Tricolor é o único dos sete brasileiros que não venceu na estreia na Libertadores. E não foi só pelos efeitos da altitude.  

São Paulo fez 1 a o com Pato e poderia ter feito muito mais
São Paulo fez 1 a o com Pato e poderia ter feito muito mais

Por Mauro Beting

Estou em Juliaca comentando o jogo do São Paulo na parceria do Facebook com o Esporte Interativo. Desde 1993, em La Paz, trabalho na altitude. Sofro com ela apenas comentando. Cansou demais fazer o jogo em pé na cabine modesta.

Imagine jogando.

Juliaca tem 3.825 metros. Frio de 8 graus. Pesa. E como pesa. Mas não justifica o resultado final pelo que o São Paulo jogou bem no primeiro tempo e perdeu de gols mais uma vez. Mas ajuda a explicar os erros fatais nos gols que deram a vitória ao campeão peruano. Um clube de apenas 9 anos que já teve 4 sedes e é profissional há apenas dois anos, na noite da partida mais importante da história do clube, do estádio e da cidade.

Não é só o ar que falta e prega fisicamente as equipes. O tempo de resposta diminui. Tudo isso aconteceu com Arboleda que foi atropelado por Aldair Rodriguez e que bateu no meio de Volpi que aceitou. Falha anormal para um grande goleiro. Mas compreensível nas condições anormais de temperatura.

Mais do que o empate inesperado e então imerecido, o São Paulo sentiu mesmo a falta de ar. Mais problema de altitude do que atitude. O segundo gol também foi assim. O colombiano Arango foi avançando apenas observado até bater bonito de canhota a bola que foi saindo de Volpi pela altitude que a acelera pela menor resistência do ar.

Também por isso o modestíssimo Binacional arrisca tanto de fora da área. Em média finaliza 23 vezes jogando em Juliaca. A maioria de longe. Algo que também faltou o São Paulo fazer. Mesmo quando teve 7 chances contra apenas duas na primeira etapa.

A primeira foi o belo gol que Pablo deu a Pato. Mas o solidário atacante foi fominha depois e isolou grande chance, quando tinha duas opções aos lados. Teria também mais um recuo intencional de Antony. Quem menos sentiu a altitude. Mas que segue perdendo gols absurdos por recuar a bola aos goleiros rivais. Não pode um atacante do nível dele finalizar tão mal. Ou se livrar da bola assim.

Isso irrita tanto quanto perder um jogo que poderia ter goleado, e deverá ser goleada na volta no Morumbi. Onde o Tricolor deverá seguir mantendo o melhor desempenho histórico como mandante entre os brasileiros. Bem diferente do que tem acontecido como visitante. A última vitória foi em 2014, no Uruguai, contra o Danúbio. E eu também estava lá transmitindo. Pé-frio não sou eu.

O grupo vai ficar mais complicado do que o esperado. Como não se pode jamais muita coisa na altitude.

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