CR7 - e contando

Tá bom ou quer mais?

Ele quer.

Tá insuperável. Até ele se superar de novo.

Não existe "insuperável" para quem superou tudo e alguns poucos que jogam e jogaram mais do que ele.

Cristiano é o maior atleta que já jogou futebol. Por isso ele se equipara e até supera alguns craques que são mais geniais, mais jogadores, mas menos eficientes do que ele.

Meus olhos míopes viram alguns poucos acima dele. Mas todos esses números mostram que nem eles superam o que ele ainda pretende. Algo que ele não diz pela boca. Mas pela bola que está lá dentro.

Se gol é "goal" ("objetivo, meta"), ele cumpriu todos os objetivos dele. Bateu todas as metas. Superou as próprias marcas.

Dele e dos outros que são diferentes - de carne e osso.

E contando. E também encantando.

No Sporting, em uma temporada marcou 5 gols em 31 jogos, em 2002-03. Era um ponta que sassaricava e tinha muito potencial, além de admirável potência física. Pintava muito bem. Mas jogava menos do que João Félix no Benfica (para citar um exemplo dos tugas).

Em 2003 chegou como coadjuvante do pentacampeão mundial Kleberson ao Manchester United do lendário Alex Ferguson. O pai que ele perderia em 2005 encontraria no coach escocês.

De 2003 até 2009, pelas contas do @OptaJoao, Cristiano marcou 118 gols em 292 jogos. Um gol marcado pelos Red Devils a cada 189 minutos. Ótima marca para um atacante ainda mais de lado do que de comando de ataque. Cada vez mais forte e mais objetivo. Orientado ao gol. À vitória.

Depois de perder o bi da Champions para o Messi do Barcelona, em 2009, e já tendo sido o melhor do planeta em 2008, Cristiano chegou como o mais caro reforço do Real Madrid e do mundo, ofuscando a contratação do craque de 2007 - Kaká.

De 2009 até trocar Madrid pela Juventus em 2018, logo depois do tri em que foi o craque da Europa (e o melhor do mundo por mais quatro vezes), e com a orelhuda de 2014 também na conta, CR7 marcou inacreditáveis 450 gols em 438 jogos merengues.

Não é Playstation. Mas é como se fosse: 4-5-0 gols em 4-3-8 partidas pelo Real Madrid.

1,02 gol por jogo!

1,02 GOL POR JOGO. EM CAPS LOCK. COISA DE LOUCO.

De obstinado como o robozão.

UM GOL A CADA 84 MINUTOS!!!

Na Juventus, não foi fracasso, de 2018 a 2021. Talvez decepção por não levar o time de Turim a um título que não conquista desde 1996 - a Champions. Ainda assim marcou 101 gols em 134 jogos. Um gol a cada 131 minutos. Cada vez mais centralizado. Mas sem o luxuoso auxílio de Benzema, seu melhor parceiro e facilitador.

A melhor temporada goleadora não deu Champions, em 2014-15. Mas gosto pelos 61 gols em 42 jogos pelo Real Madrid. Quando estabeleceu a absurda marca de um gol a cada 76 minutos madridistas.

A temporada menos goleadora foi a de 2008-09, a última pelo United: 26 gols. Antes de ele se transformar nessa máquina. Nessa "besta enjaulada" como narra o André Henning.

O maior goleador da Champions - desde 1955. São 134 gols em 176 jogos. São 20 gols a mais do que Messi no torneio. Média fantástica de 0,76. Um gol a cada 114 minutos europeus. São 24 de cabeça, 20 da perna menos excepcional (a esquerda).

Na carreira toda são 125 gols de pênalti por clubes. São 47 os de falta. São 172 de bola parada. Se é que a bola fica de fato parada com alguém tão dinâmico, tão ansioso, e ao mesmo tempo tão frio para fazer história.

Como o maior artilheiro da Champions. Da Euro. Do Real Madrid. De Portugal. Em partidas oficiais.

E, agora, o maior goleador de seleções.

O maior CR7.