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Futebol Brasileiro

Veiga revela pedido para bater pênalti, conselhos a Patrick e importância de Luxemburgo

Em entrevista exclusiva ao Esporte Interativo, o meio-campista falou sobre ter pedido para bater o primeiro pênalti da partida, a relação com os garotos da base e o trabalho de Vanderlei Luxemburgo com o elenco 

Raphael Veiga foi o segundo batedor de pênaltis na decisão do último sábado (08)
Raphael Veiga foi o segundo batedor de pênaltis na decisão do último sábado (08) - Bruno Ulivieri/AGIF (Bruno Ulivieri/AGIF)

Por Ana Paula Cerveira e Paula Teixeira

Após o último sábado (08), muitos palmeirenses puderam soltar um grito de "é campeão" que estava entalado na garganta há tempos. Trata-se do título do Paulistão 2020, conquistado pelo Palmeiras em uma final disputada nos pênaltis contra o Corinthians. Final essa tão importante, que acaba esquentando os nervos e trazendo aquele famoso frio na barriga para o batedor... Menos para Raphael Veiga, meio-campista do time.

"Quando acabou o jogo eu pedi pra bater o primeiro, estava bem confiante, mas quem bate o primeiro é o Bruno Henrique e eu concordei, então fui para o segundo. Fiz exatamente aquilo que treinei. Fui com a cabeça tranquila, mas é um momento de bastante frieza, a gente sabe o que representa Palmeiras e Corinthians na final, o clássico, bater um pênalti no Cássio que é um excelente goleiro" disse Veiga, em entrevista exclusiva ao Esporte Interativo.

Contratado em 2017, o camisa 23 retornou ao Verdão no início de 2019, após passar um ano emprestado ao Athletico - lugar onde faturou e acrescentou ao currículo a Sul-Americana de 2018. Desde sua volta, o meio-campista soma 39 jogos e seis gols marcados pelo Alviverde. Agora, com Luxemburgo, Veiga se tornou um jogador importante no segundo tempo, entrando para realizar a armação da equipe.

Inclusive, na partida contra o seu maior rival pela final do Campeonato Paulista, o atleta foi a opção de Luxemburgo na segunda etapa para criar e auxiliar a equipe a manter a vantagem - o que, faltando apenas 10 segundos para o árbitro apitar o fim do jogo, mudou completamente. No momento em que o Corinthians empatou, ali, dentro de campo, Raphael Veiga pôde sentir o nervosismo e calor da decisão.

"Na hora que entrei tinha uns 35 minutos, a gente quer ajudar, corre pra marcar, o jogo não era aberto, a gente estava defendendo mais que qualquer outra coisa. Na hora bate uma... Não sei qual é o sentimento, mas não é um sentimento legal sofrer o pênalti no final. Passa muita coisa pela nossa cabeça. Mas a gente tem que estar preparado, se o Jô tivesse marcado, como fez, a gente tinha que estar bem para ir para disputa do pênalti e fazer o gol", desabafou.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

É CAMPEÃO! VAMOOOS PALMEIRAS! DEUS É BOM! ����

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Porém, além de ter a confiança e o treinamento necessários para segurar a emoção e bater o segundo pênalti de maneira tranquila, ao seu lado tinha Weverton, que foi decisivo na partida. O camisa 1 do Palmeiras defendeu duas das cinco penalidades. Isso para Veiga, um dos batedores, tranquiliza pelo menos um pouco a responsabilidade da cobrança.

O Weverton é um dos melhores goleiros com quem joguei, lógico que passa confiança porque a gente sabe que um pênalti ele vai pegar."

Patrick de Paula: grande aposta do Verdão

Que Patrick de Paula chegou mostrando personalidade em campo, isso não se pode negar. O garoto de apenas 20 anos é fruto da filosofia trazida por Vanderlei Luxemburgo, quando chegou ao comando da equipe no início de 2020. Desde a volta da paralisação, ele foi titular em todos os jogos.

No entanto, tudo o que faz sucesso muito rápido, tem um retorno imediato; e o resultado disso acontece apenas de acordo com suas atitudes. É por isso que Raphael Veiga e Willian, seu companheiro de time, já deram conselhos ao atleta sobre "manter os pés no chão".

"Até antes do gol da final, nós estávamos na banheira pós-treino com o Patrick. A gente falou que era algo novo pra ele (a final do Paulistão), mas que tinha um peso muito grande. O Willian falou pra ele, que ele podia ficar aqui, mas em 6 meses estar na Europa. Então pra ele aproveitar, desfrutar, mas sempre com pés no chão, pra não ter uma decisão rápida. Sempre trabalhar pensando nos sonhos que ele almeja, porque é muito rápido. Hoje ele tá com a gente no profissional, mas amanhã pode estar na Seleção", revelou Veiga.

Além de Patrick, Gabriel Menino é outro nome que, hoje, ganhou a titularidade. Em entrevista exclusiva ao Esporte Interativo, Menino já falou o quanto o Palmeiras lutaria para conquistar todos os campeonatos disputados. É esta personalidade que Veiga ressalta ao enxergar o futuro dos garotos.

"Embora tenham pouca idade, mostram bastante maturidade e bastante personalidade também. A gente sabe que não é fácil assumir a camisa do Palmeiras com tanta personalidade e atitude que eles mostraram nesses dois jogos principalmente. No dia a dia eles são muito abertos a ouvir dicas e conselhos", explicou.

Luxemburgo e importância no Palmeiras

Muito se fala que Vanderlei Luxemburgo seria "ultrapassado" mas, para Veiga, isso não condiz com a realidade mostrada. Até agora, o técnico tem o aproveitamento positivo de 55,5% em 18 jogos: são dez vitórias, seis empates e duas derrotas. Um trabalho, segundo o camisa 23, até mesmo parecido com o de Tiago Nunes, treinador do Corinthians, que teve contato com Veiga enquanto o meio-campista estava no Athletico.

O Palmeiras conquistou o seu 23° título paulista
O Palmeiras conquistou o seu 23° título paulista

"Acredito que pessoas falam, mas olham só pra idade que ele tem ou pela carreira. Mas eu trabalhei com o Tiago, do Corinthians, e é um dos treinadores jovens que vêm surgindo com Vanderlei agora, e os trabalhos são bem parecidos. Não dá pra falar que ele é um treinador ultrapassado. Quando ganha e tem título, a tendência é abaixarem a cabeça para o trabalho dele e aceitar o que ele está fazendo", analisou.

Desafio à frente: Campeonato Brasileiro

O título do Paulistão veio e o Palmeiras já tem um novo desafio à frente: o Brasileirão. O Alviverde ficou em terceiro lugar no ano passado, mas se consagrou campeão duas vezes nos últimos cinco anos, em 2016 e 2018. Agora, o Palmeiras chega modificado; sem Dudu, uma das figuras mais importantes do time, Vanderlei Luxemburgo trabalhar para ocupar o espaço que o atacante mantinha. O que, para Raphael Veiga, não será complicado já que, embora o camisa 7 tenha saído, há outros nomes na lista com potencial para tomarem conta do recado.

"Substituir um ídolo é muito difícil. Mas você pega o Rony e o Veron que estão surgindo, são jogadores de ponta. O Wesley que nos treinamentos está mostrando muita capacidade, muito potencial. Lógico, o Dudu estava pronto, mas não que os meninos não estejam prontos; são mais novos e apenas não passaram por muita coisa que o Dudu já passou. Acredito que com a ajuda do Luxa nos treinamentos, jogos, ele vão amadurecer no dia a dia e podem, sim, assumir essa posição."

E, para isso, o Palmeiras entrará no Brasileirão para vencer. Não disputar o título nunca foi uma opção para Veiga e o restante do elenco.

"Sempre brigamos pelo título. No ano de 2017, 2018, 2019... E esse ano não vai ser diferente. Com a pandemia mudou um pouco, vai acabar só ano que vem, mas quando acabou o jogo, no sábado, ele (Luxemburgo) já falou que quarta tinha o primeiro confronto no brasileiro e que a gente tinha que aproveitar até domingo; segunda já tínhamos que voltar a treinar. O legal é que ele é muito pé no chão, sabe a importância do dia a dia para conquistar coisas no futuro", finalizou Veiga.

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