Imagem ilustrativa na TNT Sports

É agora que a história é escrita! Assista a TODOS os jogos do mata-mata da Champions League AO VIVO!

ASSINE JÁ
Blogs

Japão 0 x 1 Brasil - Justo, mas sonolento...

Não foi tão bom como o amistoso contra a Coreia do Sul. Mas serviu para mais observações do que testes para Tite.

Brabo
Brabo

Por Mauro Beting

O tridente ofensivo inicial no Japão é o que muito provavelmente teria começado a Copa hoje. E com a chegada de Paquetá, que, com 1min40s, quase marcou um belissimo gol, mandando a bola na trave depois de toque de Neymar de calcanhar.

A marcação alta, obsessiva na saída de bola rival, foi outro ponto repetido e louvável dos 5 a 1 na Coreia do Sul, na quinta-feira. Fred saindo mais e também pisando mais vezes na área (e arriscando de fora dela, como fez aos 10) foi outro aspecto positivo da ideia tática de Tite. Facilitado por outro rival que também não ofereceu tanta resistência no tour global da Seleção. Mas não tanto.

Sem a bola, o time amarelo se posicionou mais uma vez no 4-4-2 bem compacto: Raphinha e Vini Jr voltando pelos lados, com Paquetá adiantado para fazer dupla com Neymar no cerco ao adversário. Mas sempre tentando (corretamente) espetar o contragolpe para Vinicius, muito discreto. Mais uma vez de amarelo.

Na defesa, Militão foi o parceiro de Marquinhos. O zagueiro campeão europeu jogou pelo lado esquerdo, diferentemente de como atua no Real Madrid em dupla com Alaba. Mantendo o ótimo nível usual de um sistema defensivo bem entendido e protegido pelo monstruoso companheiro merengue Casemiro

Aos 18, Raphinha recebeu livre de Daniel Alves e o goleiro japonês fez boa defesa. O Brasil seguiu saindo bem à frente com o apoio consistente dos laterais. Mais à direita do que pela esquerda. Chance de algum perigo, o Japão só teve mesmo em um escanteio, aos 22. Casemiro teria outra oportunidade em bola parada, de cabeça, aos 25. Quando a Seleção retomou o apetite. Neymar quase abriu o placar, aos 26, numa chapada de fora da área. Aos 29, uma linda troca de bola por dentro não deu em chance de gol. Mas mostrou muito da aproximação coletiva e do repertório técnico individual da equipe.

Raphinha bateu uma falta rente à trave direita, aos 39. Neymar teve bom lance aos 41, em outra arrancada de seu melhor parceiro no segundo ciclo de Tite - Paquetá.

Mas, de fato, o primeiro tempo foi meio que sonolento como uma segunda-feira cedo pelo horário de Brasília.

Na segunda etapa, outro belo lance com Neymar deu em nada, aos 7. E era mesmo preciso mudar, como fez Tite, aos 17. Sacando Vini em jornada pálida e tímida (como Arana...) e escalando Martinelli pela esquerda; do outro lado, Raphinha em mais uma boa partida saiu para dar lugar a Gabriel Jesus.

Aos 25, teste de Militão como lateral-direito, com Thiago Silva entrando na zaga, saindo Daniel de bom jogo na construção dos ataque brasileiros. Logo em seguida Richarlison substituindo Fred, com Paquetá mais uma vez um tanto mais recuado para armar.

Um 4-1-4-1 típico: Casemiro isolado na cabeça da área, o Pombo no ataque. E a Seleção jogando menos na segunda etapa, antes e depois das mudanças necessárias.

Ainda assim, aos 29, depois de uma bomba de Neymar (caçado em campo) no travessão, Richarlison foi derrubado por trás. Pênalti bem marcado, e melhor batido pelo homem.

Neymar, 31 minutos, 1 a 0 Brasil.

Justo. Até demais.

Aos 39, Bruno Guimarães x Paquetá, Fabinho x Casemiro. Mantido o alto nível de quatro que estarão no Catar. Merecidamente.

Mais uma vez, ninguém perdeu lugar na Copa pelo que fez ou deixou de fazer na Ásia. Mas ficou mais uma vez a sensação de que Vini pode e deve render mais. E que Arana não ganhou os pontos necessários - ainda que, para mim, seria um dos dois chamados para o Mundial.

Mais Vistas