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Cuca quente

Algumas coisas que o treinador atleticano falou a respeito do palmeirense ele tem razão. Mas a perde por ser o treinador derrotado pelo companheiro de ofício.

Por Mauro Beting

Antes de tudo: adoro o trabalho de Cuca. Melhor treinador da história para o Galo (Telê Santana é o maior do Brasil).

Depois do nada: ele não precisava passar recibo do que aconteceu com Abel na Libertadores. Tem até todo o direito de ficar fulo e full pistola com a sugestão tática do treinador palmeirense de como Cuca podia ter atuado com a vantagem numérica no Allianz Parque.

Mas o que Cuca falou depois da boa vitória em Curitiba não pega bem. Como Mano Menezes mais uma vez cutucou o conquistador português depois da ótima vitória sobre o Fluminense - logo após a pavorosa eliminação colorada em casa contra o Melgar.

O problema não foi tudo que falou Cuca. Quando ele cita que “é mais fácil para o Abel colocar o Dudu e o Rony para marcar e correr”, ele tem razão tática e física. O Galo não tem atletas tão eficientes quanto os alviverdes. Também por mérito de Abel que os treinou assim.

Mas o treinador campeoníssimo do Atlético é infeliz quando fala que o Palmeiras desde 2020 é geralmente “reativo”. Não é apenas. Como mal sabe o próprio Cuca.

Também quando fala que Scarpa foi “ouvir música” durante os pênaltis, no vestiário… O palmeirense expulso apenas não queria ouvir o Allianz Parque antes das cobranças, por causa do delay da transmissão.

Quando Cuca cita que Muralha foi escrachado em 2018 por pular nos mesmos cantos na decisão por pênaltis da Copa do Brasil, não deixa de ter razão. Mas quando compara com Weverton, ele a perde: o goleiro palmeirense pulou para o mesmo lado nas seis cobranças: acertou o canto três vezes. E, na última, defendeu a má cobrança de Rubens.

Cuca também tem razão quando cita que a cabeça palmeirense não esteve “fria” nas entradas duras de Danio e Scarpa. Fala com propriedade que a crítica seria pesada se o Palmeiras tivesse perdido a vaga por isso. Que Abel também seria cobrado por não ver os pênaltis. Que na vitória tudo é lindo e maravilhoso. E é mesmo.

Como foram tantas na Libertadores sensacional de 2013. Também nos detalhes vencedores do Galo doido de Cuca.

A análise do treinador atleticano tem suas razões e todas as emoções. Se feita por alguém que não seja o próprio treinador derrotado.

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