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Futebol Brasileiro

Com contrato perto do fim, Wellington prefere esperar pandemia para negociar: ‘Não consigo falar em renovação nesse momento’

Líder do grupo, jogador foi um dos responsáveis pelo acordo de redução de salários e já prevê maratona de jogos quando os campeonatos voltarem

Wellington quer esperar pandemia para assinar renovação
Wellington quer esperar pandemia para assinar renovação - Mauricio Mano (Mauricio Mano/ Athletico Paranaense)

Por Aline Nastari

Wellington chegou ao Athletico em definitivo em 2018, de lá para cá criou enorme identificação com o clube. Com a camisa do Furacão conquistou a Copa Sul-americana no mesmo ano, a Copa do Brasil e a Levain Cup em 2019. Mas seu contrato está perto do fim, vai até 31 de dezembro desse ano. Em meio à pandemia as conversas de renovação foram iniciadas, mas ainda nada foi assinado. Para o jogador, esse não é o momento ideal de falar sobre o assunto.

“Tivemos conversas antes da pandemia e algumas outras durante a pandemia. Não conseguimos finalizar renovação pelo momento. Como posso pedir renovação no momento que o clube precisa mais de mim? Clube está precisando, não está tendo ingresso de torcedor, sócios ajudando, a loja está fechada, não consigo falar em renovação nesse momento. Vai ter que ficar depois pelo momento que o mundo vive. O futebol brasileiro é muito atingido em questão de organização e financeira. O Athletico precisa dos seus jogadores em um momento como esse”, lembrou o volante.

Wellington foi um dos líderes do grupo a negociar a redução de 25% dos salários dos jogadores de maio até o início de agosto. O clube está pagando 75% dos vencimentos de atletas, comissão e funcionários que recebem acima de R$5mil. Redução possível através da Medida Provisória 936 quando o Governo Federal lançou o Programa Emergencial de Manutenção de Emprego e de Renda.

“Tivemos uma conversa de redução salarial, reduzimos 25% do nosso salário para ajudar o clube nesse momento, única coisa que pedimos foi que nenhum funcionário fosse mandado embora, que desse esse tempo para eles ficarem em casa. Temos profissionais em grupo de risco. A comissão também aceitou reduzir 25% para ajudar e todos jogadores e líderes conversaram e entramos em um acordo. Estou há 2 anos e meio no Athletico, nunca atrasou salário, premiação, luva, clube sempre cumpriu com suas obrigações. Em um momento difícil como vivemos sabemos que temos que assumir a responsabilidade e ser solidário ao clube”, disse o jogador.

O Furacão voltou às atividades no último dia 27, após 70 dias de paralisação em razão da pandemia do novo coronavírus. Por enquanto, nada de treinos com bola. Os jogadores estão tendo que se adaptar a uma nova rotina.

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“Já começa na verdade que já saímos de casa com a roupa, chegamos no clube e na portaria medimos temperatura, respondemos questionário para saber como foi o nosso dia. Aí você fica aguardando dentro do carro até a liberação para o campo ou para a academia, com máscara e nada de contato. Todos os treinos que tivemos até agora foram físicos, técnicos e táticos, mas sem contato”, contou.

Recentemente o técnico Dorival Jr fez um apelo para a Federação Paranaense que fossem dados pelo menos 30 dias antes do retorno do campeonato para que possam estabelecer um equilíbrio de trabalho e igualdade entre as equipes. O presidente da FPF, Hélio Cury, comentou nessa semana que a intenção é liberar os treinos coletivos a partir da próxima semana e após isso, marcar o retorno do Paranaense de 10 a 12 dias. Entre os jogadores a certeza é de que terão uma maratona pela frente e o cuidado para prevenir lesões será fundamental.

“Cada clube adotou uma medida, assim que o estado foi liberando os treinos alguns clubes adiantaram, a gente ficou fazendo treino online para prevenção. Sabemos que infelizmente quando voltar o futebol eles não vão dar os dias necessários para preparação, o que ajuda bastante que a FIFA adotou é o número de trocas da partida, quase meio time pode ser trocado e isso facilita a maratona de jogos. Sabemos que temos que estar preparados para isso. A gente fica realmente preocupado com a questão muscular, sabemos que jogo em alto nível em segundos você pode machucar, mas o clube está se preocupando para prevenir o máximo e voltar todo mundo preparado para essa maratona que sabemos que vai ter, não adianta”, destacou Wellington.

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