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Futebol Brasileiro

Inspiração em Telê Santana e vontade de chegar ao profissional: Conheça Menta, técnico do Sub-17 do São Paulo

Clementino Fonseca, mais conhecido como Menta, também já foi jogador do Tricolor

Menta conquistou seu 11º título pelas categorias de base do São Paulo
Menta conquistou seu 11º título pelas categorias de base do São Paulo - Marcos de Paula/saopaulofc.net (Marcos de Paula/saopaulofc.net)

Por Priscila Senhorães

O São Paulo foi campeão da Copa do Brasil Sub-17 na noite da última sexta-feira (29), em cima do Fluminense. Além de alguns destaques que vão surgindo das quatro linhas, o torcedor são-paulino também tem um velho conhecido envolvido na categoria.

Trata-se de Menta, atual treinador do Sub-17 Tricolor, que assumiu a função em setembro de 2020 para substituir Rafael Paiva. Antes disso, ele comandava o Sub-15 das categorias de base e tem passagem por todas as categorias no CFA.

Mas o termo 'velho conhecido' vai além da sua experiência como treinador das categorias são-paulinas. Como jogador, Menta foi campeão do Campeonato Brasileiro e Campeonato Paulista em 1991, além da Libertadores e do Campeonato Paulista de 1992.

Ele fez parte da equipe de 'altíssimo nível' de Telê Santana, como o próprio profissional classificou em entrevista exclusiva à TNT Sports.

"A minha trajetória foi como de muitos meninos. Entrei na base aos 16 anos e depois cheguei ao profissional. A base era muito diferente, não diria precário, mas não tínhamos todo esse aparato que hoje temos na base, era mais simples. Mas mesmo assim o São Paulo sempre foi um clube de vanguarda e muito à frente do tempo, sempre inovando e conseguia formar muitos jogadores", declarou Menta, que continuou:

"Aprendi muito com Telê Santana e com aquele time que viria a conquistar tudo que conquistou, muita gente ainda desconhecida do futebol nacional, mas com muita vontade. E aí o resto a história conta, muitas conquistas e com um futebol bonito. Eu participei dessa escola e já era uma preparação, porque no futuro, que eu nem sabia, eu me inspiraria nisso pra fazer meus trabalhos e dar continuidade nesse DNA do São Paulo, que é um jogo de qualidade, muito técnico, ofensivo. A história conta hoje, todo mundo sabe que está na lembrança do são-paulino aquele time, o saudosismo desse futebol de altíssimo nível. É isso que ficou pra mim", finalizou.

O hoje técnico, no entanto, não viajou para a disputa do Mundial de Clubes de 1992. Ele ficou de fora da lista dos atletas que embarcariam para buscar a tão sonhada taça.

"Eu estava entre os jogadores na preparação e aí aconteceu o corte, que é natural, de viajar com o limite máximo de jogadores. E aí eu sobrei porque o elenco era muito bom, qualificado, e eu era jovem, muitas vezes mais aprendendo do que contribuindo. Fiquei de fora, mas na torcida e feliz de fazer parte daquele grupo", disse o ex-jogador.

A convivência com Telê Santana agregou na formação de Menta como técnico de futebol, já que na sua visão de futebol ideal, o jogo bonito, mas com resultado, está entre suas prioridades. Confira, na íntegra, a maneira como Menta enxerga o esporte.

"Eu gosto do futebol ofensivo, de qualidade, com a bola no pé e com jogadores criativos atacando a todo momento, um jogo onde o time não para. Não é porque fez 2 a 0 que vai se fechar atrás. Sou totalmente contra essa questão de cera, de administrar jogo, não consigo ver isso", disse o técnico, que complementou.

Eu imagino o jogo de futebol um espetáculo e o jogador é o artista jogando para uma plateia".

"A gente sabe que tem gente que tira dinheiro de aluguel e de comida para assistir o jogo. Esse torcedor merece todo respeito por parte do atleta do clube, ele quer ver um jogo ofensivo e o time dele vencer. Ele quer ser representado pelo time que está dentro do campo. Todo torcedor quer ver seu time marcar muitos gols, já que o objetivo é um só: Gol. Você joga futebol pra fazer gol, não pra empatar, fazer um ponto, chutar na trave, defender melhor, ter mais posse de bola, é pra ter gols. Eu costumo dizer que me interessa saber quantos chutes nós demos no gol e não quantos passes ou quantas bolas roubadas nós tivemos. Isso me dá um termômetro de como a equipe está se comportando e evoluindo", finalizou.

Recentemente, com a mudança de gestão e maior foco na base, o São Paulo definiu que pretende passar a criar mais jogadores e mais treinadores dentro de sua casa, já que o esporte hoje é supervalorizado e algumas contratações exigem uma situação financeira positiva, onde o Tricolor não se encontra agora.

"Tenho vontade sim de um dia, se eu tiver competência, subir ao time principal e tentar a carreira profissional. Me sinto feliz hoje na base, me sinto realizado em compartilhar e pertencer ao sonho desses meninos e ajudá-los. Mas eu tenho esse sonho, acredito que muitos da base têm esse sonho. A gente começa a disputar esses campeonatos, Brasileiro, Copa do Brasil, enfrentar as equipes nos estádios, aí a gente imagina aquele estádio lotado com o torcedor presente, aquela pressão e emoção do jogo", contou Menta, que continuou.

"Eu tenho esse desejo e quem sabe um dia isso se torne realidade, eu esteja à altura e consiga contribuir, porque de nada adianta subir ao profissional e não contribuir com o futebol. Quero que seja uma coisa natural na minha vida, tenho me preparado, feito cursos na CBF", finalizou.

O título da Copa do Brasil conquistado na última sexta-feira (29) pelo São Paulo foi o 11º de Menta como treinador do infantil ao juvenil. Ele já conquistou as seguintes taças:

Future Cup - 2013

Copa Ouro - 2016 e 2017

Salvador Cup - 2016 e 2017

Aspire Tri-Series - 2017

Paulista Cup - 2017

Torneio Brasil-Japão Sub-15 - 2018

Campeonato Paulista Sub-15 - 2018

Copa do Brasil Sub-17 - 2013 e 2020

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