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Mexida de Zidane é a chave para Real vencer o clássico

Mais uma vez o técnico francês consegue transformar o Real em um jogo grande e a equipe está viva na briga pelo Campeonato Espanhol após bater o Barça

Zidane conseguiu fazer o Real supercompetitivo em mais um jogo grande na temporada
Zidane conseguiu fazer o Real supercompetitivo em mais um jogo grande na temporada

Por Vitor Sérgio Rodrigues

A carreira do técnico Zinedine Zidane é repleta de grandes conquistas desde que assumiu o Real Madrid em janeiro de 2016, em duas passagens. Em muitos momentos há um questionamento da efetiva qualidade do francês como treinador, numa espécie de “desconfiança” por ele ter sido o craque genial que foi. Zidane parece dar de ombros para isso e trata de fazer seu trabalho e responder com boas soluções. Como foi nesta semana, na vitória por 3 a 1 sobre o Liverpool e no triunfo deste sábado, 2 a 1, no clássico contra o Barcelona.

Com as duas equipes em bom momento, Zidane fez uma modificação que no Brasil causaria uma chiadeira gigante antes do jogo: tirou o meia-atacante Asensio e colocou o volante-meia Federico Valverde. O objetivo era claro: fechar o lado direito, fortalecendo a marcação na (ainda) principal jogada da equipe catalã, a inversão de Messi para Jordi Alba no corredor. No primeiro tempo deu muito certo, com Valverde indo até o fundo marcando Alba, com o Real formando uma última linha com cinco defensores. E castigando uma posse de bola improdutiva do Barça com o contra-ataque que gerou o gol de letra de Benzema.

Esse, aliás, foi o cenário do primeiro tempo: Barça com a posse, sem consegue acionar Messi entre as linhas, perdendo a bola e levando contra-golpe. Vinícius Júnior foi um destaque da etapa inicial assim, acelerando e enlouquecendo Mingueza. Foram três ou quatro arrancadas perigosas, numa delas, ele foi derrubado (ainda que sem querer) por Ronald Araújo. Na cobrança, a bola de Toni Kroos desviou em Dest e matou Ter Stegen: 2 a 0.

Se a mexida de Zidane deu muito certo, a de Ronald Koeman não ajudou o Barça: tirar De Jong da zaga e voltar com ele para o meio-campo, saindo Griezmann e entrando Araujo na zaga. O holandês ficou sem muita participação diante de um meio que protegia muito bem a frente da área do Real. Na etapa final, com as mudanças, entrando Griezmann e Moriba, e com a lesão de Valverde, o Barcelona melhorou passou a ser mais perigoso. Alba participou do gol de Mingueza, cruzando da esquerda, com Griezmann fazendo um corta-luz.

O gol deixou o jogo muito mais aberto, com o Barcelona pressionando e o Real sendo ainda mais perigosos nos contra-ataques. Vinícius Júnior desperdiçou várias bolas no segundo tempo, o Real cansou e o Barça foi para cima. Messi teve mais um jogo discreto, demorando muito a perceber que não estava conseguindo ser acionando entre as linhas do Real, mérito de Casemiro e Modric. Zidane precisou tirar Kroos e Benzema, muitos desgastados, e o Barça teve algumas chances até a derradeira bola de Moriba no travessão, nos acréscimos.

O Real fez os seis pontos no Clássico e se colocou na liderança do campeonato, com os mesmos 66 pontos que o rival Atlético, que joga neste domingo contra o Bétis em Sevilha. O Barça segue com 65 e sabe que precisa subir o nível de competitividade como o Real Madrid tem feito nos grandes jogos nesta temporada. Por mais irregular que o time seja, Zidane tem sabido ligar o time em partidas deste tamanho. Isso é uma das razões para o Real estar vivo no Espanhol e com vantagem na briga por um lugar na semifinal da Champions. Sorte do técnico? Não, claro que não...

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