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Kovac, o treinador hexacampeão europeu

No mesmo dia em que seu ex-auxiliar se consagrava com um Bayern brilhante em Lisboa, Niko Kovac estreava na Ligue 1 pelo Monaco...

Por Mauro Beting

23 de agosto de 2020. Final da Champions League em Lisboa. Maior audiência de qualquer streaming no mundo pelo Facebook do Esporte Interativo. Maior audiência da TV paga no Brasil para ver pela TNT o PSG dos apagados Neymar e Mbappé ser superado pelo único campeão 100% da história da competição.

O Bayern de Hans-Dieter Flick. Treinador que assumiu a equipe em 3 de novembro de 2019. São 36 jogos desde então. Duas derrotas. Não perde desde 7 de dezembro. Seu único empate foi em 9 de fevereiro. São 68 gols marcados nas 21 vitórias seguidas ao empate contra o RB Leipzig pelo Alemão. Nove dessa 21 vitórias por goleada. Quatro na fase decisiva da Champions. Incluindo o 8 a 2 no Barcelona de Messi.

Horas antes da noite mágica na Luz, em Monaco, o time da casa estreou no Francês 2020-21. Empate suado com o Stade Reims por 2 a 2. Adversário monegasco que foi o primeiro vice de uma Copa dos Campeões, em 1956, derrotado na decisão pelo Real Madrid.

Foi a estreia do novo treinador do Monaco: o croata Niko Kovac.

Treinador do Bayern até o Dia de Finados de 2019. Quando foi demitido depois de ser goleado pelo Eintracht Frankfurt, na Bundesliga. Impiedoso 5 a 1 para o dono da casa.

O esquema tático de Kovac no Bayern era o mesmo 4-2-3-1 de Flick (então seu auxiliar). Em campo, como titulares, em novembro: Neuer, Boateng, Alaba e Davies. Kimmich que brilhou na lateral em Lisboa era volante ao lado de Thiago Alcantara, um dos melhores em campo contra o PSG. Müller pela direita e Gnabry na esquerda, com Lewandowski no comando de ataque.

Nove titulares em Portugal estavam em campo em Frankfurt, em novembro.

Quem explica tanta mudança com o mesmo elenco e time?

Desisto.

Mas insisto: apesar da mudança da água para a cerveja da Hofbraubaus no Bayern com o novo comando (processo semelhante ao de Jorge Jesus no também espetacular Flamengo de 2019), Kovac também é campeão europeu de 2019-20. Como Abel Braga também participou da campanha heptacampeã rubro-negra. Como qualquer reserva que não entrou em campo também faz parte de qualquer campanha campeã.

"Ah, mas se não fosse o Flick...."

"Se não fosse o Jorge Jesus..."

Claro, cara-pálida e de pau, também.

Muito provável que não seriam campeões com os antigos comandantes.

Ou não seriam tão brilhantemente vencedores como foram JJ e Flick.

Mas daí a negar créditos a Kovac é cruel. Afinal ele foi o treinador das primeiras 3 vitórias bávaras na Champions.

Uma delas, 6 jogos antes de sair, foi um 7 a 2 contra o Tottenham. O vice europeu. Na casa dele.

Era ruim o trabalho?

Claro que não era tão bom quanto virou. E não tem mesmo como comparar o desempenho com o notável e incomparável de Flick. Até agora superior até mesmo à passagem de Guardiola por Munique.

Mas negar algum mérito ao ex-treinador é tão cruel quanto, no mesmo dia da festa do hexa, Kovac estrear com empate em casa contra o Stade Reims.

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