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Real Madrid 1 x 0 Liverpool. Do goleiro ao ponta-esquerda

Tão clichê quanto Madrid. Tão Real quanto o maior campeão de tudo e de Todos os tempos e campos.

Real Madrid conquistou o 14ª título da Champions League
Real Madrid conquistou o 14ª título da Champions League - Alex Livesey - Danehouse (2022 Alex Livesey - Danehouse, Getty Images Europe)

Por Mauro Beting

Camisa pesa. Ainda mais contra outra pesada. Pesa porque tem história que começou na Europa em 1956. Na mesma Paris. No Parque dos Príncipes real. Como o Madrid dos sonhos em Saint-Denis. Demais do time que tem pacto com os diabos da bola e os deuses dos campos.

Vive de passado quem tem história. Quem tem é essa camisa branca contra um vice de futuro brilhante como o passado. Mas não tão luminoso quanto esse creme merengue de conquistas que faz da cidade-luz mesmo a de Valdebebas. A cidade esportiva do Real Madrid que começou essa história não foi hoje. E não acabará jamais.

Não são apenas os 90 minutos mais longos no Bernabéu a cada jogo. É a história e a hierarquia que ficaram cada vez mais longas e longe dos rivais nessa galáxia cada vez mais distante. Muito distante dos outros terráqueos da Europa e do mundo que aplaude (ou não consegue vaiar) o sinônimo de campeão: Real Madrid.

Se fosse qualquer outro rival e qualquer outro goleiro o defendendo, o megavice Liverpool teria conquistado no frio sábado de Saint-Denis o seu heptacampeonato europeu.

Mas pela frente, por trás, por todos os lados e cantos havia Courtois. O goleiro de incontáveis seis grandes defesas que há 8 anos na Luz viu tudo se apagar na escuridão aos 92min48s, na cabeçada da décima madridista de Sérgio Ramos. E levaria mais três gols o goleiro colchonero do então decacampeão dirigido pelo então tricampeão Ancelotti.

Agora se contaram 9 defesas no Stade de France. Neste século um goleiro de finale de Champions não foi tão acionado e acossado como o dique belga. Em todo o torneio em que perdeu 4 dos 13 jogos (o mesmo número de derrotas na temporada de monstruosas e cansativas 63 jornadas do Pool - sete a mais que o novo velho tetradecampeãp europeu), Courtois foi o goleiro que mais defesas fez no século. Superando o Cech campeão de 2012 pelo Chelsea. Insuperável nas históricas e histéricas classificações contra PSG, o próprio Chelsea, e o Manchester City que também superou na Premier League um dos melhores vices desde 1956.

Um Liverpool que mesmo mortinho da Silva e por Klopp só não conseguiu vencer a final da França por ter à frente quem não vê clube à frente dele em Madri, na Espanha, na Europa, na Terra e na galáxia merengue.

Não é um time qualquer este que é o melhor Liverpool da história, desde 2018. É que só não ganhou como o de Bob Paisley em 1977-78 e 1981 por enfrentar em Kiev e em Saint-Denis um clube que não é qualquer. Do goleiro belga ao ponta-esquerda de São Gonçalo. Da malvadeza de Vini à bondade de Courtois. Dos gols e assistências de Benzema à serenidade de Modric. Das seguranças de Casemiro e Militão. E até de Mendy fechando Salah e a casinha espanhola com Alaba. Abrindo Valverde à direta às costas de Robertson para fazer feder história nas costas quentes do imenso AA.

De tantos nomes campeões como só o de Marcelo ganhou mais pelo Madrid, na primeira final sem o hexa continental Gento.

Gente que ganha.

Como ninguém vence mais do que o Irreal Madrid que só precisou de três chances de gol (e uma mal anulada) para ser o que é. O que o Liverpool chutou 26 vezes, parou em Courtois em 8 lances de perigo, e outras incontáveis jogadas de brilho vermelho.

Foi enorme o Liverpool. Mas não foi o Real Madrid.

Ninguém é.

E será.

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