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Cheio de paixão: Internacional 2 x 1 Grêmio

Virada histórica do Colorado de Abelão em um novo Gre-Nal do novo século

O tapete voador que "virou o jogo" - REPRODUÇÃO PREMIERE
O tapete voador que "virou o jogo" - REPRODUÇÃO PREMIERE

Por Mauro Beting

Abel Hernández levou uma bolada do companheiro, pegou o rebote e chutou por cima a então sétima chance colorada contra cinco tricolores no Gre-Nal 429. Exatos 11 minutos depois do belíssimo gol do Grêmio - em rara falha de Lucas Ribeiro, grande arrancada de Diogo Barbosa e toque genial de Diego Souza para Jean Pyerre abrir o placar.

Logo depois do chute de Abel por sobre a meta de Vanderlei aos 41 finais, o tapete de publicidade do lado esquerdo do gol do Beira-Rio saiu voando pelo gramado. Não lembro ter visto cena parecida em outros campos. E em todos esses tempos desde o tri invicto no BR-79.

O gandula entrou no gramado para trazer de volta o tapete voador.

Tapete mágico.

O tapetão.

A imagem que quiser de uma lufada antes de mais um lindo final de tarde quente no Beira-Rio. Como foi no Gol Iluminado de Figueroa naquela mesma meta em 1975. Como foi o primeiro gol da vitória do bi colorado em 1976, de Dario, de cabeça, ali mesmo. Como seria o primeiro gol do tri, de Jair, em 1979. Também naquele gol.

Aquela brisa que virou furacão como o Inter de Abel. Dos Abéis no estádio sem decibéis. Mas com o grito entalado até o empate de Hernández, aos 44. Feliz aposta do treinador como foram Uendel e Nonato que entraram bem em um Inter que foi bem melhor no primeiro tempo, e estava dominado até as felizes mexidas de Abel: Maurício aberto e depois por dentro, Nonato substituindo o insubstituível Dourado, Patrick inesgotável até ser trocado por Marcos Guilherme, Peglow jogando como gente grande até sair depois de perder gol feito no começo do segundo tempo.

Várias histórias de superação (fora as substituições de tanta gente importante que foi deixando o time pela temporada) empatando mais um jogo cínico e cênico de Renato: joga pouco no primeiro tempo, e depois, com Maicon a liderar, vai virando o jogo. Até levar a virada no Gre-Nal. Abel de cabeça aos 44 (dois minutos depois do gol redentor de Kayzer para o Athletico contra o Flamengo), e o pênalti muito discutível de Kanneman: para mim, braço aberto para ampliar irregularmente a área corporal (pênalti). Mas tem como discutir se estava realmente aberto. E tinha mesmo como discutir se a bola havia batido primeiro na barriga do zagueiro gremista (o que não configuraria infração). Mas não foi isso o que aconteceu.

Lance muito difícil para interpretar. Pênalti ainda mais difícil para cobrar não fosse Edenilson o que tem sido: frieza para concluir, coração para pisar na área rival sem pedir licença. Que saúde, que jogador. Capaz de duas toucas num só lance espetaculares.

Uma das maiores viradas do Inter em um Gre-Nal. Uma das maiores vitórias coloradas em 429 clássicos. Ainda mais depois de não vencer os últimos 11 desde 2018. Ainda mais depois de não vencer 12 deles com Geromel e Kanneman do outro lado.

Se além do pênalti marcado o gremista pode reclamar de outro lance discutível entre Nonato e Ferreira (que eu não marcaria), não precisa reclamar tanto quanto Renato em entrevista infeliz. O Grêmio ainda tem como ganhar a temporada.

Como parece que o Inter enfim vai fazer o que desde 1979 se espera. Só depende dele. E desta vez, a dependência parece administrável. As perdas parecem reversíveis até quando não se esperava mais nada...

Como estava o Gre-Nal até os 44 minutos no Beira-Rio.

Depois do tapete voador.

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