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2/6/1970 - Brasil pronto e confiante para a estreia na Copa

Jogo no dia seguinte contra a boa equipe da Tchecoslováquia

João Havelange presidiu a CBD de 1958 a 1974
João Havelange presidiu a CBD de 1958 a 1974

Por Mauro Beting

Véspera da estreia, sem Marco que sentira lesão muscular na virilha esquerda, com Everaldo em seu lugar, o Brasil estava preparado, pronto, confiante ansioso para encarar a forte Tchecoslováquia, no estádio Jalisco, em Guadalajara.

Depois de 112 dias de treinos desde a apresentação em 12 de fevereiro. Com a saída de João Saldanha, demitido em 17 de março, e a chegada de Zagallo no dia seguinte. O Brasil estava em ponto de bola para começar a campanha do tri.

Mas ainda não se tinha convicção do desempenho. Félix seria o titular. Mas não era unanimidade. Leão era considerado o melhor dos três goleiros. Mas era o mais jovem.

Carlos Alberto era indiscutível. Mas não fizera bons amistosos anteriores. Zé Maria estava muito bem. Mas não se questionava a titularidade do capitão. Na outra lateral, muita gente da comissão técnica e do próprio time não estava satisfeita com Marco Antonio. E dava voto de confiança a Everaldo, que tinha atuado pouco com Zagallo. E mesmo com Saldanha.

Brito vinha muito bem. Também fisicamente. Mas não era também inquestionável. Como era Piazza como volante. Não como o zagueiro improvisado por Zagallo que não gostava de Joel, e tinha dúvidas da melhor condição atlética de Fontana.

Clodoaldo era muito jovem. Mas jogava demais. Como Gérson, que vinha de lesão, tinha feito mau Mundial em 1966, mas era essencial ao lado de Clodoaldo. Com a ajuda de Rivellino sem a bola, e a canhota mágica do Bigode para armar o time. Achado tático de Zagallo depois de não ter se acertado com Paulo César.

Sem o lesionado Rogério, Jairzinho era absoluto pela ponta-direita. Além de saber se infiltrar pelo meio. Vinha muito bem. E seria o craque da Copa.

Pelé não vinha sendo tão Pelé com Saldanha. Demorou a se achar no novo esquema de Zagallo. Mas vinha treinando com o pique de um garoto. Era sua última Copa. E era Pelé.

Tostão só voltara a jogar no final de março, depois de seis meses de seu descolamento de retina. Era reserva de Pelé na ideia inicial de Zagallo. Ou de Roberto. Até ganhar espaço. Fazer gols. Criar espaço. E o treinador enxergar o óbvio. Ele tinha que jogar. Como havia feito Saldanha em 1969.

Mas em outro esquema. Não mais o 4-2-4. E sim um 4-3-3 mais equilibrado, mais moderno. Para não dizer que era mesmo um 4-2-3-1.

O Brasil se imaginava pronto.

Estaria muito mais do que isso.

Como veriam os brasileiros pela primeira vez ao vivo uma Copa pela televisão.

Como João Havelange. O presidente da CBD que viera ao México para ver a cerimônia de abertura. E voltara ao Brasil pata ver a Copa no país. Como fizera em 1958 e 1962, pelo rádio. Diferente do que fez em 1966, quando assumiu a Seleção na Inglaterra e viu de perto o fiasco da eliminação na primeira fase.

Desta vez, como em 1958 e 1962, Havelange ficou de longe.

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