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Tite tem que chamar quem quiser: Copa do Mundo é maior do que Copa do Brasil

A culpa é do calendário, não do treinador do Brasil

Tite
Tite (REUTERS, X90174)

Por Mauro Beting

Se Tite pudesse convocar todo mundo para as Eliminatórias que já são Copa do Mundo, com o corte de Casemiro, por ter que chamar alguém que estivesse no Brasil, não discutiria Thiago Maia, ótimo volante rubro-negro. Como poderia ser Gérson, que já merecia chamado desde o espetacular 2019. Ainda mais por Tite poder usar Marquinhos na primeira volância. Allan também pode jogar por ali. Thiago Silva eventualmente. Gabriel Menino também. Douglas Luiz seria adaptado. Como Arthur.

Para evitar desgaste com o Flamengo (que não é problema de Tite em Eliminatórias, mas seria em Data Fifa de amistosos), ele poderia pensar em outro nome no Brasil.

Mas qual?

Eu convocaria Bruno Guimarães e Gérson desde a primeira lista. E fez enfim o certo Tite.

Mas se chama Thiago Maia, teria que aguentar a bronca típica e normal do velho normal que é ter compromissos no futebol brasileiro durante os jogos da Seleção. Data Fifa é sempre data CBF. Um absurdo que nem a pandemia justifica.

Até pelos nossos cartolas que pouco realmente batem de frente com o que importa e com quem está importante. Miam tudo na reunião e rugem com mimimi e mumumu aos microfones.

Também por saberem que seleção, desde a base, ajuda a vender Vinicius Júnior, Paquetá, Reinier, Gabriel Jesus, David Neres. Ajuda a pagar as contas que não fecham.

E quando os caras e craques e pratas são chamados, chiam pelos reais desfalques deles nos times de cima.

Próprio do nosso futebol.

Daí a ameaçar tirar o time de campo é outra história. Achar que é armação da CBF, mais ainda.

As pessoas precisam entender que o belíssimo futebol brasileiro não começou em 2019 e nem o planeta nos anos 1990.

Até os anos 1980 cartolas arrancavam jogadores convocados de aeroportos. Um absurdo.

Como em 1974 o Palmeiras jogou toda a Libertadores e o Brasileirão inteiro na busca do tri sem seis titulares servindo a Seleção para a Copa de 1974.

Era motivo de orgulho. Foi de frustração. Mas não teve ameaça e nem arruaça.

Com esse pezão 49 do calendário em forma 37, não tem como andar direito.

Na Europa, onde a bola para como precisa com os jogos das seleções, os clubes reclamam do "vírus Fifa", quando os atletas retornam lesionados por essa "doença".

No Brasil a data faz a mesma coisa. E ainda desfalca os clubes daqui com seus selecionáveis brasileiros e de outros países.

A solução básica é racionalizar o calendário. Ter menos jogos para ter mais futebol.

Mas quem assume a bronca e a conta que vaj é brincadeira?

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