Base domina o profissional do São Paulo; E se o Tricolor segurasse suas joias de Cotia?
Tricolor vende joias para contratar medalhões e vê garotada de Cotia dominar elenco profissional
Por Priscila Senhorães e Ricardo Siqueira
Fábrica de jogadores, Cotia era o sonho auto-sustentável de Juvenal Juvêncio: Ter mais jogadores formados no próprio clube do que contratados de outros times. Com o passar dos anos, por mais que se continue revelando grandes atletas para o futebol mundial, nem todos são tão bem aproveitados.
Casemiro, Oscar, Rodrigo Caio, Militão, Luiz Araújo, são incontáveis os nomes que subiram da base do clube do Morumbi, mas que ou não foram tão bem aproveitados, ou que saíram do clube pela porta de trás. Enquanto isso, as gestões são-paulinas continuam apostando em estrelas com salários astronômicos, mas que não deram nenhum retorno de título à equipe paulista.
Na década, o Tricolor se encontra numa fila de oito anos. O último título foi conquistado em 2012, sendo este a Copa Sul-Americana. Desde então, o time do Morumbi se vê regularmente passando por momentos frustrantes: Eliminações vexatórias, desvantagens em clássicos e escorregadas nos pontos corridos.
Foram muitos os medalhões que passaram pelo Tricolor - alguns ainda permanecem - para tentar resolver a situação. Lucas Pratto, Nenê, Diego Souza, Alexandre Pato, Daniel Alves, Bruno Peres, Pablo, entre outros.
Com as contratações, os treinadores que já passaram pelo clube costumam aderir o mesmo modo: misturar os medalhões com experiência às jovens revelações. E, ao contrário do que se espera, a base do São Paulo vem conquistando os holofotes e deixando os medalhões são-paulinos de lado.
Com isso, a reportagem do Esporte Interativo levantou alguns nomes revelados recentemente que poderiam compor o time titular do Tricolor numa taxa de 100%, desde o gol até o goleador final. Além disso, o banco de reservas, composto apenas por Mades in Cotia, daria conta do recado.
Na década, o São Paulo é o terceiro time brasileiro que mais movimentou dinheiro com jogadores da base, perdendo apenas para Santos e Flamengo. Com a recente venda de Gustavo Maia, o Tricolor soma 16 vendas nesse período, arrecadando o total de 125,3 milhões de euros, equivalente a 841,25 milhões de reais no valor da moeda atual. Relembre o levantamento feito pelo Esporte Interativo em fevereiro deste ano, quando o euro ainda não estava na casa dos seis reais.
